
Um conjunto padrão de 100 “pisca-piscas”, com 50W de potência, consome 16,5 KWh/mês
Mesmo faltando mais de um mês para o Natal, já é possível perceber algumas casas, prédios, praças e comércios enfeitados com apetrechos e iluminações coloridas alusivas à data. Em certos casos, a população não fica atenta aos perigos e ao aumento de consumo de energia que essas decorações oferecem. Logo, alguns cuidados devem ser adotados na hora da instalação, manutenção e operação dos artefatos luminosos.
De acordo com Marcony Melo, engenheiro da Área de Eficiência Energética da Coelce, os cuidados devem começar já na escolha dos produtos. Eles devem ser certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
“A falta de atenção com as instalações elétricas pode ocasionar princípio de incêndio. O fogo pode começar por algum curto-circuito na rede elétrica ou pelo longo uso das luzes, que superaquecem e queimam em contato com artefatos de papel ou plástico que enfeitam a ornamentação natalina. Para evitar problemas de má instalação, é recomendada a leitura atenta do manual de instruções dos enfeites”, orienta Marcony.
Potência dos ‘pisca-piscas’
Na hora de adquirir o conjunto dos chamados ‘pisca-piscas’, é importante atentar também para uma informação dada em watts (W), contida na embalagem do produto, que corresponde à quantidade a potência demandada por determinado produto. Quanto maior for a potência, maior será o consumo do enfeite de Natal.
Um conjunto padrão de 100 “pisca-piscas”, com 50W de potência, consome 16,5 KWh/mês. Se ligado por 11 horas diárias, das 19h às 6h da manhã, por exemplo, pode significar um aumento de R$ 8,30 na conta de energia. A dica do engenheiro da Coelce, para esse caso, é a redução do tempo de funcionamento dessas lâmpadas decorativas.
Se forem ligadas de 19h à meia-noite, por exemplo, o consumo cai para 7,5 KWh/mês, o que equivale a apenas R$ 3,75 a mais na conta de energia. Outra dica é o uso de produtos que utilizam a tecnologia Led, que consomem menos energia e são mais seguros. Além disso, a economia de energia pode chegar a 80%.
Uso do “T”
Marcony chama atenção para um perigo comum não só na época de arrumar a decoração natalina. “Um perigo a que muitas pessoas estão expostas frequentemente sem sequer perceberem é com relação aos benjamins ou popularmente conhecidos como ‘Ts’”.
Segundo o engenheiro, o acessório concentra em um ponto só a intensidade de correntes elevadas, que podem provocar um aquecimento, chegar ao ponto do derretimento do “T” e causar um princípio de incêndio. Além disso, sendo um ponto quente, ele automaticamente aumenta o consumo de energia. Ou seja, significa desperdício, já que a energia é transformada em calor sem nenhuma utilidade.
Geralmente, os principais erros cometidos pelos consumidores ao instalarem a iluminação natalina são o uso exagerado dos “Ts”, extensões e emendas mal feitas e isoladas, além de dimensionamentos inadequados para as instalações dos enfeites natalinos.
Outras dicas:
- Desligue o conjunto da tomada de energia ao substituir lâmpadas e nunca execute esse procedimento puxando a tomada pela fiação;
- Não coloque as luzes próximas de enfeites feitos de papel ou cartolina, por exemplo. O ideal é não usar esse tipo de decoração na árvore se a ideia é colocar pisca-piscas nela;
- Evite deixar a instalação em área sujeita à chuva ou alagamento e não deixe a fiação ao alcance de crianças;
- Evite que a árvore de Natal bloqueie portas, janelas ou a circulação das pessoas em casa. Deixe-a também longe de materiais de fácil combustão, como sofás e guarda-roupas;
- Não instale o conjunto de lâmpadas decorativas em estrutura metálica e também pontiaguda;
- Os fios desencapados provocam choques, curtos-circuitos e, às vezes, incêndios. Passar fios por baixo de tapetes ou por trás de cortinas também pode causar incêndios.
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